Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
23 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Defensoria Pública de SP recebe Instituto Sou da Paz para tratar de pesquisa sobre presos provisórios

    há 8 anos

    Mais da metade das pessoas presas em flagrante no ano de 2013 na cidade do Rio de Janeiro ficaram indevidamente encarceradas. Esse é o resultado do estudo “Presos Provisórios, Danos Permanentes”, coordenada pelo Instituto Sou da Paz e apresentada em reunião realizada nesta terça-feira (24/11) na Defensoria Pública de SP. O Defensor Público-Geral de SP, Rafael Vernaschi, e o Assessor Criminal da Defensoria Pública, Bruno Parise, receberam o Coordenador da Área de Sistema de Justiça e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, e a Coordenadora de Projeto, Natália Pollachi.

    Realizada em parceria com o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes (CESEC), a pesquisa mostra que 54% dos presos provisórios tiveram sua liberdade restringida de forma indevida, seja porque foram mais tarde absolvidos ou porque foram condenados a penas alternativas e em regime aberto, sendo assim penalizados por pequenos delitos de forma muito mais grave do que o previsto em lei. A pesquisa afirma que o uso ilegal da prisão provisória gera danos para quem é preso e para toda a sociedade, apontando como causas do problema a demora para que presos tenham contato com um Juiz e a necessidade de mais investimento na Defensoria. Veja o estudo em: http://danospermanentes.org/

    Durante a reunião, Rafael Vernaschi destacou as ações da Defensoria Pública de SP na defesa dos direitos das pessoas presas, em especial a atuação nas audiências de custódia, as visitas regulares feitas por Defensores Públicos a Centros de Detenção Provisória (CDPs) de todo o Estado e a atuação nas Centrais de Flagrantes.

    O projeto das audiências de custódia teve início em fevereiro de 2015 e visa garantir que presos em flagrante sejam apresentados a um juiz no prazo máximo de 24 horas, de forma a analisar a legalidade da prisão e combater a tortura. A Defensoria Pública de SP participou da inauguração da iniciativa no Brasil assinando um termo de cooperacao com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e o Ministério da Justiça (MJ). Segundo o CNJ, as audiências de custódia têm garantido o direito à liberdade provisória em cerca de 50% dos casos, evitando cerca de oito mil prisões desnecessárias no país.

    Já a política institucional da Defensoria Pública de SP de visitas permanentes aos CDPs foi implementada a partir de agosto de 2014 na Capital e depois expandida ao interior e à região metropolitana de São Paulo. As visitas resultaram num incremento da efetividade da defesa processual, permitindo a adoção de medidas judiciais em menor espaço de tempo e liberando muitas pessoas que não deveriam estar presas. Além de qualificar a defesa técnica, os atendimentos ainda têm a finalidade de identificar e inibir violações de direitos.

    • Publicações1708
    • Seguidores210
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações35
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/defensoria-publica-de-sp-recebe-instituto-sou-da-paz-para-tratar-de-pesquisa-sobre-presos-provisorios/259896588

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)